segunda-feira, abril 23, 2007


Moro um pouco longe do centro de Berna, apesar de que a idéia de longe e perto aqui é meio relativa: 15 minutos de ônibus ou 6, de trem. Mas a distância é compensada por essa vista que tenho da varanda do meu quarto (quando o tempo está aberto, claro) e que não me canso de olhar. Acho que já tirei mais de 10 fotos como essa, em várias épocas desde que cheguei, mas a cada dia que passa essa paisagem parece ainda mais bonita pra mim. Taí uma das muitas coisas que vou sentir falta quando for embora.

segunda-feira, abril 16, 2007

Paris - Parte II


Retomando o post anterior, junto com os museus, alternamos os passeios com idas nas tantas igrejas que tem na cidade, destaque para a Notre Dame, do Corcunda claro e a Sacre Coeur, e caminhadas pela cidade. E como se anda lá viu...parece que é pertinho ir de uma estação de metrô e outra, mas no fim do dia os pés é que sentem. Subi e desci a tal Champs Elysée, umas trocentas vezes. Mas a visão do Arco do Triunfo ao fundo era compensadora. Confesso que ele me impressionou mais do que a própria Torre Eiffel. Monumental!!! Fui também no Moulin Rouge (só vi de fora né, já que estava sem "tempo" de assistir a apresentaçãozinha de 100 euros), mas devo admitir que foi um pouco frustrante. O do filme é bem mais legal hehe.
Ah, amigos arquitetos, fui tb na Vila Savoye do Le Corbusier!!! Muito legal. Um pouco estranha a sensação de estar num lugar que você ouve falar durante todo o curso. Parece que na hora você não percebe a importância e o peso histórico daquilo que tá bem ali, na sua frente. Mas ela é o que dizem mesmo, aquela história da caixa elevada, erguida por pilotis e que parece pairar no terreno....a sensação é real, e eu pude conferir!!!!
Sobre a alimentação por lá...digamos, que sobrevivi na base de lanchezinhos,crepes e do bom e velho M amarelo. Impossível comer nos restaurantes de verdade. Quer dizer, possível até que é, mas não pra mim hehe. Vez ou outra rolava algum prato de comida mesmo, como um macarrão a bolonhesa ou um arrozinho com bife num China baratex.
Por falar em M amarelo, foi dentro de um Mc Donalds pertinho do albergue onde fiquei, que quase fui roubado. Um espertinho sentou atrás de mim numa mesa e começou a abrir minha mochila. Sorte minha que não tinha nada de valor dentro dela, e que o Michäel tb me avisou no exato momento.
No último dia, o passeio foi mais tranquilo...compramos alguns souvenirs e depois fomos na galeria La Fayette. Tudo correndo bem até aí, apesar dos contratempos...
Foi quando teve início a saga que vou relatar agora:

Soubemos que os controladores de voo dos aeroportos de Paris resolveram entrar de greve justo no dia que a gente iria voltar. Tá pensando que é só no Brasil???? Nãaaaaao... Os franceses também adoram uma grevezinha. Descobrimos que o nosso voo havia sido cancelado. A partir daí foi uma correria só. Fomos pro aeroporto ainda com a esperança de conseguir embarcar...em vão, confirmaram que não tinha mesmo voo, e que a única coisa que a compania poderia fazer era ou reembolsar o valor da volta, ou nos colocar num voo no sábado. Isso era quinta-feira ainda. Meia-hora pra decidir o que fazer...nervos à flor da pele. Resolvemos procurar num terminal de acesso a internet para procurar ticket de trem, Paris-Genebra. Por sorte achams um não mto caro, para o dia seguinte as 7 da manhã. Mas parece que as máquinas em apoio a classe, também resolveram fazer greve. Comeram vários euros nossos e não confirmavam a compra do ticket de trem. O primeiro metrô do aeroporto para a Gare de Lyon onde tentaríamos comprar o ticket, só saíria as 6 da manhã. O jeito foi dormir no aeroporto. Trash...mas foi o jeito. Tenho que explicar, que no aeroporto orly, existe um pequeno metrô interno, que leva até o metrô de verdade, de onde seguiríamos para a Gare de Lyon. Pois bem...esse tb resolveu parar com a greve...e só fomos avisados disso 5:55 da manhã. Mudança de planos; tivemos q pegar um ônibus do aeroporto que parava em duzentos pontos antes de chegar na estação. E o tempo correndo. Resumindo...chegamos na Gare de Lyon, 7:00 em ponto correndo igual uns desesperados pra pegar o trem das 7:10. Meia hora mais tarde tinha outro, mas que era 40 euros mais caro. Não dava pra encarar. Na fila dos guichês, outra novela, com mulher folgada furando fila, e caixa lerda pra vender as passagens. Enfim, conseguimos comprar...7:07 já. Voamos pra plataforma do trem. 7:10...Foi a gente por o pé na porta que o trem começou a andar. Uffaaaaa!!!
Viajamos numa cabine com uma véia resmungona, mais a filha, o genro e um cachorro enorme; um gato miando numa gaiolinha e um homem com cara de louco com um livro bizarro com o título, "Como Fazer Amigos", que vez ou outra nos olhava fazendo uma cara mais sinistra que a outra. Mas tava valendo...Finalmente íamos voltar pra casa. Nunca me senti tão feliz em estar na de novo na Suiça como naquele dia. Só faltou beijar o chão que nem o papa rsrsrs. Viagem punk, mas olhando pra trás, até que dá pra dar umas boas risadas não???

Sacre Coeur. Foto perfeita, não fosse o tio aí na frente da lata de lixo, rsrs

"...Hey sister, go sister, soul sister, flow sister..."

Desculpem a postagem gigante, mas é que não podia deixar passar essa. Vou tentar ser mais sucinto da próxima....prometo!!! Obrigado pra quem teve paciência de ler até o final, quem não teve tb, valeu pela visita.

domingo, abril 15, 2007

Paris - Parte 1

E vamos ao que interessa, minha semana em Paris. A cidade é realmente tudo que dizem. Simplesmente maravilhosa, mas também cansa viu? O passeio foi ótimo, exceto por uma unha encravada atormentando minha vida e alguns contratempos que conto em seguida.
Bem, chegamos num sábado (eu, a Mari e o Michäel) com um tempo não muito animador. De cara, deixamos as malas no Hostel e fomos pra rua, sem programação definida. Ficamos hospedados pertinho da Bastilha, que num dado momento da história caiu, lembram? rsrs... Enfim, a tarde resolvemos encarar a Torre Eiffel... Mais de 3 horas numa fila kilométrica que parecia não ter fim. Chegamos lá com o dia ainda claro e quando conseguimos entrar já era tarde da noite. Mas valeu a pena. Cheguei até o ultimo nível da Torre e de lá deu pra entender o porquê de chamarem Paris de Cidade Luz. Voltamos então pro Hostel pra tomar banho e descansar pra maratona no dia seguinte. Ah, um parênteses para falar sobre esse hostel. Logo que cheguei, li no quarto que o banho não era recomendado depois das 23:00 hs por questões de barulho, a fim de não incomodar os outros hóspedes. Até aí tudo bem, era só uma recomendação, mas um banho naquele momento era questão de necessidade. Qual não foi a minha surpresa, quando saindo do banheiro dou de cara com o moço da recepção me dizendo que eu não podia tomar banho naquela hora. Ninguém merece né!!! Detalhe que pra tomar banho lá, tinha que fazer um malabarismo danado, já que só tinha um ganchinho mixuruca de por roupa do lado de fora da cabine... A Mari sendo menina, foi a que mais sofreu coitada. Por isso sempre íamos os três ao mesmo tempo tomar banho, ocupando as únicas três cabines que tinham. Cômico...só não era mais cômico, que os funcionários de lá fazendo miséria na hora do café da manhã. Cada um, só tinha direito a um pão. Cansei de ver, vários desavisados pegando dois na cestinha e sendo obrigados a devolver depois, como criança que rouba doce hehehe. Apesar dos pesares o hostel era bem limpo, o que já é uma grande vantagem perto das histórias que a gente ouve de albergues imundos em Paris. Quem já fez mochilão deve saber do que estou falando. Fecha parênteses.
Domingo de Páscoa. Programação? Palácio Versalhes. Só pegar um metrô e estamos lá. Simples, não fosse terem resolvido não sei porque diabos fazer uma manutenção naquela linha justo naquele dia. Mudança de planos, uma volta enorme até chegar numa outra estação, pegar um trem lotado pra lá e mais 15 minutos de caminhada. E aí, mais filas. Fila pra comprar ticket, fila pra entrar, fila pra ir no banheiro...afff. Lá, compramos uma carta de museus, que dava direito a 4 dias de visitas. Pelos menos com isso já pularíamos a parte de comprar as entradas. Menos mal. Um dia inteiro em Versalhes... como aquilo cansa. O famoso jardim, parece que não tem fim. Um exagero daquele Rei Sol louco de pedra. Nos dias que se seguiram tratamos de aproveitar a carta de museus. Uma manhã e uma tarde inteira gastos no Louvre, que parece um shopping center de tanta gente que tem trançando de um lado pro outro. No começo eu até que tava indo bem, vendo tudo com calma, lendo as plaquinhas e tal. Mas no fim do dia, o cansaço tomou conta e comecei só a passar pelos quadros e esculturas. Impossível também querer ver as mais de 300 mil obras que tem lá. E a famosa, Monalisa...achei muito da sem graça. Uma parede gigantesca emoldurando aquele quadro pequinininho e um monte de gente se espremendo pra ver. A maratona de museus continuou no Orsay, Picasso, Rodin (aquele do Pensador) e no Pompidou. Não aguentava mais tanto museu. Por favor, me deixem ser burrooooo, como já dizia Aline Durel, do Terça Insana.
Muita coisa pra falar e poucas horas de sono...preciso dormir já. Continua no próximo capítulo.


Vista de cima da Torre Eiffel. O amarelo destacado é o arco do triunfo.