
Retomando o post anterior, junto com os museus, alternamos os passeios com idas nas tantas igrejas que tem na cidade, destaque para a Notre Dame, do Corcunda claro e a Sacre Coeur, e caminhadas pela cidade. E como se anda lá viu...parece que é pertinho ir de uma estação de metrô e outra, mas no fim do dia os pés é que sentem. Subi e desci a tal Champs Elysée, umas trocentas vezes. Mas a visão do Arco do Triunfo ao fundo era compensadora. Confesso que ele me impressionou mais do que a própria Torre Eiffel. Monumental!!! Fui também no Moulin Rouge (só vi de fora né, já que estava sem "tempo" de assistir a apresentaçãozinha de 100 euros), mas devo admitir que foi um pouco frustrante. O do filme é bem mais legal hehe.
Ah, amigos arquitetos, fui tb na Vila Savoye do Le Corbusier!!! Muito legal. Um pouco estranha a sensação de estar num lugar que você ouve falar durante todo o curso. Parece que na hora você não percebe a importância e o peso histórico daquilo que tá bem ali, na sua frente. Mas ela é o que dizem mesmo, aquela história da caixa elevada, erguida por pilotis e que parece pairar no terreno....a sensação é real, e eu pude conferir!!!!
Sobre a alimentação por lá...digamos, que sobrevivi na base de lanchezinhos,crepes e do bom e velho M amarelo. Impossível comer nos restaurantes de verdade. Quer dizer, possível até que é, mas não pra mim hehe. Vez ou outra rolava algum prato de comida mesmo, como um macarrão a bolonhesa ou um arrozinho com bife num China baratex.
Por falar em M amarelo, foi dentro de um Mc Donalds pertinho do albergue onde fiquei, que quase fui roubado. Um espertinho sentou atrás de mim numa mesa e começou a abrir minha mochila. Sorte minha que não tinha nada de valor dentro dela, e que o Michäel tb me avisou no exato momento.
No último dia, o passeio foi mais tranquilo...compramos alguns souvenirs e depois fomos na galeria La Fayette. Tudo correndo bem até aí, apesar dos contratempos...
Foi quando teve início a saga que vou relatar agora:
Soubemos que os controladores de voo dos aeroportos de Paris resolveram entrar de greve justo no dia que a gente iria voltar. Tá pensando que é só no Brasil???? Nãaaaaao... Os franceses também adoram uma grevezinha. Descobrimos que o nosso voo havia sido cancelado. A partir daí foi uma correria só. Fomos pro aeroporto ainda com a esperança de conseguir embarcar...em vão, confirmaram que não tinha mesmo voo, e que a única coisa que a compania poderia fazer era ou reembolsar o valor da volta, ou nos colocar num voo no sábado. Isso era quinta-feira ainda. Meia-hora pra decidir o que fazer...nervos à flor da pele. Resolvemos procurar num terminal de acesso a internet para procurar ticket de trem, Paris-Genebra. Por sorte achams um não mto caro, para o dia seguinte as 7 da manhã. Mas parece que as máquinas em apoio a classe, também resolveram fazer greve. Comeram vários euros nossos e não confirmavam a compra do ticket de trem. O primeiro metrô do aeroporto para a Gare de Lyon onde tentaríamos comprar o ticket, só saíria as 6 da manhã. O jeito foi dormir no aeroporto. Trash...mas foi o jeito. Tenho que explicar, que no aeroporto orly, existe um pequeno metrô interno, que leva até o metrô de verdade, de onde seguiríamos para a Gare de Lyon. Pois bem...esse tb resolveu parar com a greve...e só fomos avisados disso 5:55 da manhã. Mudança de planos; tivemos q pegar um ônibus do aeroporto que parava em duzentos pontos antes de chegar na estação. E o tempo correndo. Resumindo...chegamos na Gare de Lyon, 7:00 em ponto correndo igual uns desesperados pra pegar o trem das 7:10. Meia hora mais tarde tinha outro, mas que era 40 euros mais caro. Não dava pra encarar. Na fila dos guichês, outra novela, com mulher folgada furando fila, e caixa lerda pra vender as passagens. Enfim, conseguimos comprar...7:07 já. Voamos pra plataforma do trem. 7:10...Foi a gente por o pé na porta que o trem começou a andar. Uffaaaaa!!!
Viajamos numa cabine com uma véia resmungona, mais a filha, o genro e um cachorro enorme; um gato miando numa gaiolinha e um homem com cara de louco com um livro bizarro com o título, "Como Fazer Amigos", que vez ou outra nos olhava fazendo uma cara mais sinistra que a outra. Mas tava valendo...Finalmente íamos voltar pra casa. Nunca me senti tão feliz em estar na de novo na Suiça como naquele dia. Só faltou beijar o chão que nem o papa rsrsrs. Viagem punk, mas olhando pra trás, até que dá pra dar umas boas risadas não???

Sacre Coeur. Foto perfeita, não fosse o tio aí na frente da lata de lixo, rsrs

"...Hey sister, go sister, soul sister, flow sister..."
Desculpem a postagem gigante, mas é que não podia deixar passar essa. Vou tentar ser mais sucinto da próxima....prometo!!! Obrigado pra quem teve paciência de ler até o final, quem não teve tb, valeu pela visita.